Beleza Fatal

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No dia 02 de dezembro, em uma realização conjunta da AbiSub com o BrBio, será realizado em Angra dos Reis, na operadora Ócean, o campeonato Beleza Fatal, tendo como tema fotos do coral sol, uma espécie bioinvasora.

Teremos disputas em duas divisões, fotógrafos com câmeras DSLR/Mirrorless e fotógrafos com câmeras compactas.

Valores e método de inscrição são encontrados no regulamento, que recomendamos, seja lido na íntegra.

Clique para acessar o regbelezafatal.pdf

 

Fonte: AbiSub divulgação

Jacques Mayol, o homem que não era desse mundo

Aí em um belo dia a gente acorda (redes sociais têm dessas coisas maravilhosas) e vê uma postagem do querido apneista e recordista mundial, o carioca Ricardo Bahia.  Nela um teaser que me fez vibrar: Jacques Mayol em filme!

Antes de falar dessa fantástica iniciativa que é o filme Dolphin Man, preciso falar de seu protagonista: Jacques Mayol. O homem-golfinho, lenda do mergulho livre e personalidade que contribuiu para as escolhas de vida de muitas pessoas por esse mundo azul.

Também é difícil falar de Mayol sem falar do filme que o tornou conhecido para o grande público. E, nessa época, eu era apenas uma adolescente que morava longe do mar, com uma cabeça cheia de ideias e uma vontade imensa de fazer oceanografia. Então, por aquelas deliciosas ocasionalidades da vida descobri o filme Imensidão Azul, de Luc Besson (1988) já em meados da década de 1990.

Passados uns 20 anos e mais de uma centena de vezes que vi o filme (acho que decorei a maior parte das falas) ainda sinto um arrepio quando começa um travelling de câmera sobre o mar e a trilha sonora com aquela música de Eric Serra se inicia: em um instante reencontro aquela adolescente cheia de sonhos novamente. 

O filme foi a porta de entrada para querer conhecer mais sobre esse ser fabuloso. Em 1976, Jacques foi o primeiro freediver a alcançar os 100m de profundidade, detalhe que ele tinha, na época, 49 anos de idade.  Aos 56 anos, atingiu a marca de 105 metros! Mayol também teve participação do desenvolvimento do octopus para o mergulho Scuba e foi recursos do uso de ioga para preparação no mergulho livre. Além disso, e o motivo do nome do filme vem à tona, também estabeleceu uma relação de proximidade única com os golfinhos, da qual resultou em teorias próprias sobre a evolução humana no livro Homo Delphinus: the Dolphin Within Man (2000).

 

 

Dolphin Man é uma produção grega que junta o passado e presente do mergulho livre na história desse maravilhoso homem-golfinho. O documentário acaba de ser lançado em setembro último e agora percorre vários países em lançamento. Infelizmente ainda não tem data para chegar ao Brasil. Ai que nervoso!

Para entender um pouco do espírito do filme e da minha empolgação também, segue abaixo trechos da sinopse disponíveis na página de divulgação:

“Dolphin Man nos atrai para o mundo de Jacques Mayol, capturando sua jornada convincente e mergulhando os telespectadores na experiência sensorial e transformadora do mergulho livre”. 

“Do Mediterrâneo ao Japão e da Índia às Bahamas, encontramos os amigos e familiares mais próximos de Mayol, incluindo seus filhos Dottie e Jean-Jacques, e os campeões mundiais de mergulho livre William Trubridge, Mehgan Heaney-Grier e Umberto Pelizzari, para revelar o retrato de um homem que atingiu os limites do corpo humano e da mente, não apenas para quebrar recordes, mas na esperança de descobrir a afinidade mais profunda entre os seres humanos e o mar”.

Narrado por Jean-Marc Barr, o ator que retratou famoso o Mayol em Imensidão Azul, o filme abriga um registro raro, a partir da década de 1950, com uma fotografia subaquática contemporânea deslumbrante, para descobrir como o “homem-golfinho” revolucionou o mergulho livre e trouxe uma nova consciência para o nosso relacionamento com o mar e nosso interior.

Mayol foi uma pessoa a frente de seu tempo. Aquela pessoa cuja vida torna-se exemplo e inspiração para que nós, que viemos a seguir, possamos seguir seus feitos. Precisa de mais motivos para mergulhar nessa história?